27/05/2016

QUE HORAS ELA VOLTA?

QUE HORAS ELA VOLTA?

Val, uma mulher que deixou a filha no interior de Pernambuco e foi ser babá em São Paulo, atrás de estabilidade financeira. Treze anos depois, sua filha resolve ir para São Paulo tentar vestibular. Mas a menina não se comporta do jeito que os patrões de Val esperam.

Data de lançamento: 2015 (Brasil)
Direção: Anna Muylaert
Duração: 1h 54m
Roteiro: Anna Muylaert, Regina Casé
Indicações: Satellite Award de Melhor Filme Estrangeiro, Critics' Choice Award: Melhor Filme Estrangeiro

https://youtu.be/W6QwrhFt8kU

26/05/2016

Romero, o bispo que morreu pelos pobres

NOTÍCIAS » Notícias

Segunda, 18 de maio de 2015

Romero, o bispo que morreu pelos pobres. Artigo de Gustavo Gutiérrez

Dentro de alguns dias, no dia 23 de maio, Dom Romero será beatificado. A um mês do assassinato, ocorrido em março de 1980, o maior expoente da teologia da libertação, Gustavo Gutiérrez, com lucidez, indicava a exemplaridade da vida e da morte do bispo de El Salvador. Foram necessários 35 anos para que a Igreja oficial chegasse a conclusões semelhantes.

Era assim que o vaticanista italiano Giancarlo Zizolaapresentava o artigo abaixo na editoria "Religião e mundo moderno", por ele editada no jornal Il Giorno, publicado em 26-04-1980: "Gustavo Gutiérrez, da Faculdade de Teologia da Universidade Católica de Lima, um dos maiores expoentes da 'teologia da libertação' da América Latina, aprofunda neste artigo o significado da vida e do martírio de Dom Romero, do qual era amigo, oferecendo amplas informações inéditas".

A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

O assassinato de Dom Óscar Arnulfo Romero, arcebispo de San Salvador, é, sem dúvida, uma data na vida da Igreja latino-americana.

Por isso, convém aprofundar o sentido da sua vida e da sua morte, esclarecendo ao mesmo tempo algumas imprecisões produzidas pela pressa da informação.

Dom Romero foi arcebispo de San Salvador por três anos. Um mês depois de ter assumido esse cargo, em março de 1977, era assassinado o padre Rutilio Grande, sacerdote jesuíta e grande amigo de Dom Romero. Atiraram nas costas dele e de dois agricultores, enquanto ia celebrar a missa.

Durante a celebração do funeral do padre RutilioDom Romero mostrou o significado da sua morte, expressão de uma vida dedicada aos irmãos, no amor ensinado por Cristo, afirmando: "Esperamos a voz de uma justiça imparcial, porque, na motivação do amor, a justiça não pode ficar ausente, não pode haver verdadeira paz e verdadeiro amor com base na injustiça, na violência, na intriga". Dom Romero repetiria muitas vezes essa mesma ideia: a paz, a verdadeira paz só pode ser construída sobre a justiça social.

Quatro outros sacerdotes seriam assassinados em El Salvador depois da morte do padre Rutilio. Inúmeros foram os assassinatos cometidos pelas forças repressivas de El Salvador, entre agricultores, operários, pessoas dos vilarejos; oSocorro Jurídico do arcebispado publicava boletins periodicamente, dando números e denunciando a contínua violação dos direitos humanos.

Em Roma, onde recebeu palavras de apoio do Papa João Paulo II – que lhe disse: "Conheço a grave situação do seu país e sei que o seu apostolado é muito difícil" –, Dom Romero afirmava com grande lucidez no dia 30 de janeiro: "O maior perigo diante de tanta violência é que fiquemos insensíveis. Eu tento pensar diante de Deus que um só morto representa uma grave ofensa e que, todas as vezes que um homem ou uma mulher morre, é como matar novamenteJesus Cristo".

Dom Romero tinha uma consciência clara de que devia reconhecer os estigmas sofredores de Cristo nos rostos dos pobres do seu povo. A sua opção por eles é o ângulo concreto e histórico que nos permite compreender o seu compromisso e a sua mensagem, o seu apelo à paz baseada na justiça, a sua leitura do Evangelho.

Dom Romero pregava todos os domingos, e as suas amplas homilias (de uma a duas horas de duração) eram ouvidas com atenção em todo o país e também muito além. Cada homilia tinha três partes: um comentário sobre os textos da missa do dia, uma reflexão cristã que colocava esses textos no rastro de um tema determinado e, por fim, aplicações pastorais, leitura de cartas, análise da situação vivida pelo povo, denúncia das violações dos direitos dos mais pobres.

No dia 17 de fevereiro daquele ano, ele enviou uma carta ao presidente Carter, denunciando a situação existente emEl Salvador e o apoio dos Estados Unidos, exigindo que o governo estadunidense, chamado a fazer essas intervenções, se abstivesse de intervir.

Dom Romero muitas vezes recebeu ameaças de morte. O assassinato dos sacerdotes salvadorenhos já era um aviso. No dia 24 de fevereiro, um mês antes da sua própria morte e depois de ter defendido com parcialidade evangélica os direitos dos pobres, ele dizia: "Espero que esse apelo da Igreja não endureça ainda mais o coração dos oligarcas, mas que, ao contrário, mova-os à conversão. Compartilhamos o que eles são e o que eles têm. Não nos calem, mediante a violência, a nós que tornamos presente essa exigência, não continuem a matar aqueles que estão tentando conseguir uma distribuição mais justa do poder e da riqueza de nosso país".

A essa clara denúncia, que não escondia aqueles aos quais se dirigia, ele acrescentava com serenidade e força: "Falo em primeira pessoa, porque esta semana recebi um aviso de que estou na lista daqueles que serão eliminados na próxima semana. Mas estou tranquilamente convicto de que nunca se poderá matar a voz da justiça".

A voz da justiça, não, porque ela continua ressoando em El Salvador. Mas ele, pessoalmente, sim, depois de quatro semanas de ter pronunciado essas palavras. Pode-se dizer, por isso, que Dom Romero arriscava a sua vida todos os domingos; e estava plenamente consciente disso.

Quando lhe disseram que ele tinha que se proteger, ele respondia que não queria ter a proteção que o seu povo não tinha. Ainda no sermão do dia 1º de novembro, ele tinha afirmado com toda a clareza e plena humildade: "Peço as orações de vocês para ser fiel à promessa de não abandonar o meu povo, mas de correr com ele todos os riscos que o meu ministério exige".

Com efeito, para Dom Romero, isso era cumprir o seu serviço como bispo. O exercício do seu ministério assumido com coragem e santidade provocou a bala assassina – uma única – no momento em que começava o ofertório da sua última e incompleta eucaristia, na segunda-feira, 24 de março.

Ele morreu para dar testemunho do Deus vivo na solidariedade com a vida e com os esforços de organização e de libertação dos pobres e dos oprimidos. Dom Romero não ignorava que havia alguns que não compreendiam as exigências do Deus da Bíblia.

No dia 9 de março, ele dizia: "Esta revelação do Deus vivo, caros irmãos, tem muita atualidade hoje, enquanto estamos tentando apresentar uma religião que muitos criticam como se se afastasse da sua espiritualidade".

O bispo mártir, homem de oração, não entendia isso dessa forma. Ao contrário, ele considerava que a fé no Deus de Jesus implica o compromisso com o pobre e com tudo o que exigem os seus direitos mais elementares. É por isso que, na sua rejeição humana e cristã da violência, nem tudo era posto no mesmo plano para ele.

Em inúmeras ocasiões, ele afirmou que a principal razão para aquilo que acontecia em El Salvador estava na secular situação de miséria e de desespero das grandes maiorias, resultado de um sistema opressivo feito em benefício de poucos.

Trata-se da violência e da injustiça institucionalizadas das quais falam Medellín e Puebla. A partir daí, não é possível aceitar tudo, e Dom Romero não o fez, mas importa levar isso em consideração para compreender a exigência e a encarnação do amor e da paz que ele pregava.

A essa situação de violência, soma-se uma repressão cruel. Plenamente consciente de onde vinha a violência, no dia 23 de março, Dom Romero lançou um grito angustiado e exigente: "Em nome de Deus e desse povo sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão".

No dia seguinte, à noite, o seu sangue selou a aliança que ele tinha feito com o seu Deus, com o seu povo e com a sua Igreja.

No domingo, 30 de março, ocorreu o funeral do bispo mártir. O povo pobre de El Salvador, vencendo dificuldades e fadigas, veio de todo o país para assistir ao enterro do "monsenhor". Muitas pessoas vieram de fora, entre elas mais de 20 bispos de diferentes lugares do mundo.

O cardeal Corripio, do México, esteve presente em representação do papa; o enviado do Celam (o Conselho Episcopal Latino-Americano) teve um contratempo e não pôde estar presente na celebração. A tensão do momento fez com que só um bispo de El Salvador estivesse presente. Fato sem dúvida doloroso, mas que mostra a difícil e conflituosa situação que se vivia lá.

A poucos minutos do início da homilia do cardeal Corripio, explodiu uma bomba, e tiros foram disparados. Foi um pânico para as 150.000 a 200.000 pessoas presentes, famílias inteiras, inúmeras crianças. A soma dos mortos dessa incrível provocação foi de 30 a 40 pessoas, muitas delas por asfixia.

Na noite daquele domingo, os bispos presentes e outras pessoas se reuniram para pôr em comum o que tinham visto e tudo o que se sabia sobre o episódio durante o funeral. O resultado dessa análise detalhada foi escrito e assinado pelos participantes. Assim, recusou-se a versão dos fatos dada pelo governo salvadorenho e indicou-se o Palácio Nacional como o lugar de onde havia sido lançada a bomba e tinha se disparado sobre a multidão.

Dom Romero, então, só pôde ser enterrado nas circunstâncias em que o povo salvadorenho vive cotidianamente: no meio das balas, do medo que se busca incutir, mas também da reafirmação da vontade de libertação e de crescimento da esperança.

Dom Romero é um mártir da opção feita pela Igreja em Medellín e Puebla. A partir da sua morte, o significado dessa opção apareceria mais claramente. Um mártir que dá testemunho do Deus vivo em meio à morte que os opressores semeiam. Mártir do nosso tempo, cristão incômodo e forte, de vida clara, humilde e serena. A sua morte, infelizmente, não é um fato isolado e nos permitirá compreender muitas outras testemunhas espalhadas neste continente de dor e de opressão, mas também de libertação e de esperança, que é a América Latina.

Sobre o sangue dos mártires, constrói-se a Igreja como comunidade que anuncia na Ressurreição a vitória final. da vida sobre a morte. Sobre o sangue dos mártires, está sendo construída no nosso subcontinente uma Igreja em meio a um povo que luta pela sua libertação.

Dom Romero descrevia assim o seu trabalho, em uma homilia: "O meu trabalho consistiu em manter a esperança do meu povo. Se há um pouco de esperança, o meu dever é alimentá-la".

A sua vida e o seu martírio alimentam e aumentam as esperanças do povo pobre, explorado e cristão da América Latina, dão vida nova e impõem novas exigências para a Igreja ali presente.


25/05/2016

Alysson Mascaro: “Todo direito é um golpe”

Alysson Mascaro: "Todo direito é um golpe"

"A reprodução do capitalismo na América Latina contemporânea se faz na marcha de golpes que não se deixam chamar como tais, com constituição de entendimentos ideológicos a partir de meios de comunicação de massa e com poderes judiciários aderentes ao capital que veem a lei como expressão de seu horizonte de mundo. O golpe está no mundo jurídico porque dentro, nas margens ou fora da lei, se fala direito."

Posted on 25/05/2016 // 2 Comments

alysson mascaro todo direito é um golpePor Alysson Leandro Mascaro.*

Todo direito é um golpe. É a forma do engendramento da exploração do capital e da correspondente dominação de seres humanos sobre seres humanos. Tal golpismo jurídico se faz mediante instituições estatais, sustentando-se numa ideologia jurídica que é espelho da própria ideologia capitalista. Sendo o direito sempre golpe, a legalidade é uma moldura para a reprodução do capital e para a miríade de opressões que constituem a sociabilidade. Todo o direito e toda a política se fazem a partir de graus variados de composição entre regra e exceção.

Pelos espaços nacionais das periferias do capitalismo, cresce, no presente momento, a utilização dos mecanismos jurídicos e judiciais para estratagemas políticos e capitalizações ideológicas. Presidentes da República, como no caso do Paraguai, são alijados do poder em razão de artifícios jurídicos. No caso mais recente e talvez mais simbólico e impactante, Dilma Rousseff sofre processo de impeachment e é tirada do cargo presidencial no Brasil por conta de acusação de crime de responsabilidade por "pedalada fiscal", um tipo penal inexistente no ordenamento jurídico brasileiro. Tal processo de impeachment irrompe após anos de sangramento dos governos Lula e Dilma, mediante reiteradas investigações e julgamentos judiciais de corrupção que não se estendem a políticos de outros partidos mais conservadores e reacionários. O palco jurídico passa a ser exposto pela imprensa tradicional com requintes de espetáculo. O direito, jogando luzes e sombras na política do presente, faz, em alguns países periféricos do capitalismo, o mesmo que processos de insurgência popular faz nos países da chamada primavera árabe ou no caso da Ucrânia: destituem partidos, grupos, classes e facções do poder, engendrando realinhamentos internacionais e reposicionando, a menor, tais países no contexto geopolítico mundial.

A compreensão do papel do direito nas políticas de cada nação e na geopolítica atual exige uma mirada tanto naquilo que o direito é estruturalmente, como forma social necessária e inexorável do capitalismo, quanto, também, naquilo que é seu talhe e sua manifestação hoje. Aponto cinco questões envolvendo o direito, sua política estrutural nos Estados capitalistas e na geopolítica presente:

1. A natureza capitalista do direito e do Estado

O direito é forma social capitalista. Sua materialidade se funda nas relações entre portadores de mercadorias que se equivalem juridicamente na troca. A forma jurídica é constituinte da sociabilidade capitalista. O mesmo quanto à forma política estatal, terceira necessária em face dos agentes da exploração capitalista. O Estado, mesmo quando governado por agentes e classes não-burguesas, é capitalista pela forma. Direito e Estado se arraigam nas relações sociais capitalistas, estando atravessados pelas vicissitudes e contradições de tal sociabilidade da mercadoria. Legalidade e política estão submetidas à dinâmica acumulação, nacional e internacional.

2. Política, direito e formações sociais insignes

Diferentes formações sociais do capitalismo estabelecem distintas instituições políticas e jurídicas pelo mundo. Há um vínculo necessário entre capital, Estado e direito, mas são variáveis os graus de arraigamento institucional, utilização da legalidade, segurança jurídica e mesmo de soberania nacional e estatal efetiva.

Embora todos os Estados contemporâneos sejam juridicamente soberanos, sua autonomia está condicionada à sua força econômica. As condições institucionais da política e do direito dão balizas à constituição de cada formação social específica mas, em especial, são constituídas pela dinâmica das determinações materiais e econômicas.

Países periféricos na economia capitalista mundial, como os da América Latina, têm um grau menor de assentamento das instituições nas quais se fundam política e juridicamente. O horizonte principiológico e normativo que os guia tem limites e contradições necessárias com a própria dinâmica do capital que os atravessa e os constitui. Eventuais políticas de esquerda e juridicidades "independentes" têm dificuldade de materialização em tais formações sociais.

3. Injunções jurídico-políticas neoliberais

Sendo Estado e direito formas sociais do capital, a força e a estratégia das burguesias nacionais e sua relação com as classes sociais locais e os capitais internacionaisgeram a coesão e o desenvolvimento institucional da política e do direito em cada país. Tal processo, no entanto, é plantado em contradições internas e internacionais.

As lutas de classes e grupos e as disputas entre frações do capital fazem com que as instituições políticas e jurídicas sejam atravessadas por tensões, antagonismos e contradições. Por isso, não se pode pensar em Estado e direito como aparatos consolidados, neutros ou técnicos, mas como correias de transmissão de movimentações gerais da dinâmica social.Havendo descompasso entre forças econômicas e posições político-jurídicas, a resolução da reprodução social capitalista se fazsempre em detrimento do plano institucional.

A América Latina sofre, no presente momento, uma rearticulação das classes burguesas e médias nacionais, sob sintonia do capital mundial, empunhando slogans do direito e reconstituindo movimentos conservadores e reacionários que buscam contrastar e diminuir conquistas jurídicas e políticas públicas de caráter mais progressista. Trata-se de momento aberto da luta de classes. O direito é arma privilegiada para tal injunção.

Como não há força material em princípios jurídicos nem em meras repetições ou sacralizações da legalidade, a exceção e o uso seletivo da legalidade, sustentados por vastos controles da informação por meios de comunicação de massa, passam a ser os instrumentos excelentes da luta de classes atual. O direito e a negação do direito se misturam para ações de golpe que possibilitem o rearranjo das classes capitalistas.

Contra os horizontes de alguns dos Estados latino-americanos do início do século XX – mais soberanos economicamente e tendentes a uma dosagem maior de inclusão social dentro do quadro capitalista –, classes burguesas e médias da América Latina encontram-se em um rápido processo de submissão às estratégias do capital internacional. O reagrupamento de frações das burguesias nacionais se faz em torno de projetos e linhas de força patentemente neoliberais.

4. Ideologia jurídica e ideologia dos juristas

Nas injunções das classes e frações do capital latino-americano contemporâneo, o direito tem servido como seu instrumento privilegiado. A ideologia jurídica conduz golpes que não aceitam ser narrados como tais e, ao mesmo tempo, a mesma ideologia jurídica tem sido a bandeira requerida por governos e movimentos sociais progressistas latino-americanos. Até mesmo aqueles depostos por golpe, como o caso do PT no Brasil, conclamam pelo respeito às leis e às instituições…

A ideologia jurídica tem tal primazia porque é constituinte da própria ideologia capitalista. Ser sujeito de direito, cidadão, contratar livremente entre iguais formalmente, respeitar as instituições, cumprir as normas e jungir-se à legalidade, tudo isso é o campo de condições pelo qual a subjetividade se estrutura na sociabilidade do capital. Por isso, da direita à esquerda, as posições políticas disputam a legalidade, mas não rompem com tal horizonte ideológico. No entanto, como a forma jurídica é espelho da forma mercadoria, a ideologia jurídica só se presta à reprodução do capital, não para sua superação.

Os juristas são constituídos pela mesma ideologia jurídica geral, mas portam discursos e formulações que modulam e exacerbam a relevância da juridicidade. Profissionais do direito pertencem à classe média, distinguindo-se então da população apenas no campo econômico, sem maior lastro intelectual que não seja aquele da técnica da dogmática jurídica. O ambiente de convivência dos juristas e dos agentes dos poderes judiciários é a classe média que partilha dos espaços do capital. Por isso, o interesse imediato da burguesia passa a ser o horizonte prático da ideologia dos juristas. No caso da América Latina, o recente alinhamento do capital gera também uma classe de juristas e de agentes dos poderes judiciários que capitaneia uma injunção jurídica regressista.

Com a recente integração tecnológica e de comportamento das classes médias mundiais, os juristas latino-americanos são formados em horizontes de pensamento norte-americanos e capitalistas. A common law, a segurança do capital e dos contratos e um moralismo legalista são louvados mundialmente. Nesse ambiente, eventuais projetos nacionais contrastantes com a movimentação do capital mundial encontram, nos juristas latino-americanos, oponentes ativos.

5. Direito, espetáculo e golpe

Na reprodução social contemporânea, midiática e baseada em informações massificadas e de rede, o direito assume papel importante como espetáculo e como fortalecimento de posições ideológicas. As acusações constantes de ilegalidade, rompimento do republicanismo e corrupção, feitas contra governos de esquerda, encontram cadeia de transmissão nos meios de comunicação de massa e nos aparatos judiciários de cada Estado.

Assim, formas contemporâneas de luta de classes e de afirmação ainda mais sobrepujante de interesses do capital se fazem à custa dos governos e do direito posto, mas com auras de respeito às instituições. Desde Manuel Zelaya a Dilma Rousseff, passando pelos combates constantes aos governos venezuelanos, dentre outros, a combinação de poder judiciário com mídia substitui, no presente, o papel dos militares no passado.

As vantagens de golpes e compressões do espaço político mediante espetáculos jurídico-midiáticos são inúmeras, a começar da incapacidade de reação popular contra injunções que não são claramente de força armada. Acima disso, golpes, constrangimentos e linhas de força conservadoras e reacionárias que agem pelo direito e pelos meios de comunicação de massa pavimentam a ideologia do capital de modo pleno: seus trâmites se dão com a linguagem e dentro do espaço que constitui a própria compreensão da subjetividade – sujeito de direito, lei, ordem, processo judicial, rito, procedimento. Somando-se a isso pleitos morais religiosos conservadores, como no caso dos que capitaneiam o impeachment de Rousseff, o quadro da ideologia estruturante da sociabilidade capitalista se confirma.

Com isso, a reprodução da sociabilidade capitalista na América Latina contemporânea se faz na marcha de golpes que não se deixam chamar como tais, com constituição de entendimentos ideológicos a partir de meios de comunicação de massa e com poderes judiciários aderentes ao capital que veem a lei como expressão de seu horizonte de mundo. O golpe está no mundo jurídico porque dentro, nas margens ou fora da lei, se fala direito.

* Artigo escrito para o número 6/4, de maio de 2016, da revista Megafón: La batalla de las ideas do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais com o título "Políticas e geopolíticas do direito".

***

PARA APROFUNDAR A REFLEXÃO… 5 DICAS DE LEITURA DA BOITEMPO:

  1. Estado e forma política, de Alysson Leandro Mascaro, é considerado uma das mais avançadas reflexões sobre o Estado produzidas no Brasil. A opinião é de Slavoj Žižek, convidado a escrever o texto de quarta capa, e que se surpreendeu com o que considera como "simplesmente a obra mais importante do pensamento político marxista nas últimas décadas".
  2. A legalização da classe operária, de Bernard Edelman, é uma análise didática e aprofundada sobre como a institucionalidade jurídica burguesa enquadra e cerceia a luta popular, identificando nas próprias noções de representação sindical, partidária e classista, um componente de integração e submissão do ímpeto revolucionário dos oprimidos.
  3. O socialismo jurídico, de Friedrich Engels e Karl Kautsky é uma crítica implacável ao reformismo jurídico, visando combater a sua influência no movimento operário, e esclarecer o lugar do direito na reprodução da sociabilidade capitalista.
  4. Cidades rebeldes: Passe Livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil, foi o primeiro livro de intervenção sobre Junho de 2013, com reflexões escritas no calor da hora mas que permanecem hoje como documento histórico e político importante para orientar as lutas do agora. Textos de Lincoln Secco, Carlos Vainer, MPL São Paulo, Silvia Viana, David Harvey, Ermínia Maricato, Paulo Arantes, Roberto Schwarz, Pedro Rocha de Oliveira, Mauro Iasi, Mike Davis, Ruy Braga, Slavoj Žižek, entre outros.
  5. Marxismo e direito: um estudo sobre Paschukanis, de Marcio Bilharino Navesé leitura obrigatória para os interessados em entender a perspectiva marxista sobre o direito.

***

Alysson Leandro Mascaro, jurista e filósofo do direito brasileiro, nasceu na cidade de Catanduva (SP), em 1976. É doutor e livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo (Largo São Francisco/USP), professor da tradicional Faculdade de Direito da USP e da Pós-Graduação em Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de fundador e professor emérito de muitas instituições de ensino superior. Publicou, dentre outros livros,Filosofia do direito e Introdução ao estudo do direito, pela editora Atlas, e Utopia e direito: Ernst Bloch e a ontologia jurídica da utopia, pela editora Quartier Latin e o mais recente Estado e forma política, pela Boitempo. É o prefaciador da edição brasileira de Em defesa das causas perdidas, de Slavoj Žižek, e da nova edição de Crítica da filosofia do direito de Hegel, de Karl Marx, ambos lançados pela Boitempo.

https://blogdaboitempo.com.br/2016/05/25/alysson-mascaro-todo-direito-e-um-golpe/


23/05/2016

Dia Mundial contra a Monsanto :: 23 de maio


O MUNDO SEGUNDO A MONSANTO 
https://www.youtube.com/watch?v=y6leaqoN6Ys

TRANSGÊNICOS - Globo News
https://www.youtube.com/watch?v=nIYXagxc6h8

MONSANTO: LA GUERRA POR LA SEMILLA
Programa de teleSUR, 22 de julio de 2014.
https://www.youtube.com/watch?v=ZCcWwnc-Ci8

As razões do Dia Mundial contra a Monsanto
por Luã Braga de Oliveira — publicado 07/05/2015 15h59
Dezenas de países preparam, em 23/5, protesto contra transnacional que, além de atentar contra ambiente e agricultores, envolveu-se com submundo da política e dos exércitos privados
150506Monsantoe1430939972374485x383.jpg

[Este é o blog do site Outras Palavras em Carta Capital. Aqui você vê o site completo]

Você sabia que existe um Dia Mundial Contra a Monsanto? Muitos não conhecem a empresa pelo nome, ou talvez tenham apenas ouvido falar dela, sem saber ao certo seu setor ou posicionamento. Entretanto, quase todo mundo faz uso contínuo de alimentos a base dos organismos geneticamente modificados (OGMs) produzidos e vendidos pela corporação.

O fato é que este ano a Marcha Mundial Contra a Monsanto ocorrerá no dia 23 de Maio e levará milhares de pessoas as ruas, por todo o mundo, para protestar contra a atuação e práticas da corporação. Mas por que existe um dia mundial dedicado exclusivamente à denúncia deste gigante da agroquímica? O que de tão nefasto representa esta empresa? Vamos tentar relembrar os principais fatos da trajetória da Monsanto que a fizeram se considerada pela revista Fortune como "possivelmente a corporação mais temida da América". Prejuízos aos pequenos agricultores, possíveis danos à saúde e meio ambiente, formação de lobby, manipulação de pesquisas científicas e até a contratação de mercenários são algumas das polêmicas nas quais a empresa se envolveu ao longo de seus 103 anos de existência.

A Monsanto é uma multinacional de alcance global da área de agricultura e biotecnologia. É especializada em engenharia genética (produção de organismos geneticamente modificados), sementes e herbicidas. Criada em 1901 como uma companhia novata na área da engenharia química, aos poucos tornou-se a maior empresa do mundo no setor, fornecendo produtos à base de organismos geneticamente modificados para gigantes como a Coca-Cola, a Pepsico e a Kraft. Hoje, controla 90% do mercado de sementes transgênicas do mundo – consagrando-se como um dos maiores monopólios já vistos. O crescimento da empresa foi vertiginoso. Recentemente, ela adquiriu diversas empresas na América do Sul e no Leste Europeu, dominando consistentes fatias de mercado em países como Argentina, México e Brasil – onde está presente há quase 60 anos.

Este crescimento tem representado uma ameaça real à sobrevivência de pequenos produtores em todo o mundo. Em seus contratos de venda de sementes, a Monsanto prevê que os pequenos produtores não poderão guardar nenhuma semente e são obrigados a permitir que a empresa vistorie suas plantações a qualquer momento. Além disso, as sementes geneticamente modificadas são apenas tratadas com os herbicidas vendidos pela própria companhia, fato que condiciona os agricultores à dependência. De todo modo, os impactos dos produtos geneticamente modificados comercializados pela Monsanto vão além da esfera socioeconômica.

Um estudo de 2009 do Journal of Biologycal Science¹ mostrou que o consumo do milho proveniente da semente geneticamente modificada pode produzir efeitos negativos em órgãos como os rins e o fígado. Outro estudo, publicado em 2012 na Food And Chemical Toxicology², constatou que ratos submetidos a uma dieta à base de organismos geneticamente modificados morrem mais rápido e são mais propensos ao desenvolvimento de câncer. Para chegar a esta conclusão, cientistas administraram em 200 ratos, durante dois anos, três dietas distintas: uma à base de milho convencional, outra a base do milho transgênico NK603 e outra a base do NK603 tratado com o herbicida RoundUp. Tanto o milho transgênico NK603 como o herbicida RoundUp (o mais utilizado do mundo) são pertencentes à Monsanto. O resultado foi a morte acelerada de parte dos ratos e o aparecimento de tumores enormes naqueles cuja base da dieta fora o milho transgêncio NK603, da Monsanto.

A pesquisa divulgada pela Food And Chemical Toxicology gerou controvérsias. Enquanto recebeu o apoio de diversos cientistas pelo mundo, alguns a criticaram, afirmando que houve viés na metodologia, o número de ratos fora inadequado e aquele tipo de rato de laboratório já possuía propensão ao desenvolvimento de tumores. Após forte pressão, a revista cedeu e, um ano depois, anunciou a retirada do estudo por ela publicado. A decisão, todavia, não agradou ao principal autor da pesquisa – o diretor científico do Comitê para Investigação e Informação Independente sobre Engenharia Genética da França, Gilles-Éric Séralini. O cientista reafirmou que a pesquisa não continha fraudes e que, caso a revista insistisse em sua decisão de retirar a publicação, iria acioná-la judiciamente por danos morais. A despeito da pesquisa de Séralini, outras pesquisas ao longo das décadas já confirmaram em condições similares os efeitos dos organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana. Além disso, as empresas que controlam o setor – sobretudo a Monsanto – possuem altos níveis de poder acumulado, que lhes permite interferir em pesquisas e políticas públicas por meio da formação de lobby para benefício de seus produtos.

Dessa forma, o poder econômico acumulado pela Monsanto lançou as bases para um acúmulo significativo de poder político. Executivos da Monsanto foram posicionados em cargos estratégicos do governo dos Estados Unidos — dentre eles, a Agência de Proteção Ambiental ["Environmental Protection Agency", EPA], o ministério da Agricultura [U.S. Departament of Agriculture", USDA] e o Comitê Consultivo do Presidente Obama para Política Comercial e Negociações. A Monsanto ainda posicionou funcionários em cargos estratégicos em universidades pelo mundo, dentre elas a South Dakota State University, o Arizona State's Biodesign Institute e a Washington University. Desde 1980, políticas federais americanas têm incentivado instituições públicas de ensino a produzir pesquisas nas áreas agrícola e de biotecnologia em parceria com empresas privadas. Em consonância com esta política, a Monsanto tem inundado instituições públicas de ensino com investimentos. Em troca, tem seus produtos protegidos e fortalecidos por um arcabouço de pesquisas técnicas e científicas com viés favorável.

Além de cargos no governo e na academia norte-americana, executivos da Monsanto posicionaram-se em cargos em instituições-chave para política alimentar e científica de seu país ou de âmbito internacional, como o "International Food and Agricultural Trade Policy Council", o "Council for Bitechnology Information", a "United Kingdom Academy of Medicine", a "National Academy of Sciences Biological Weapons Working Group", a "CropLife International" e o "Council of Foreign Relations".

Naturalmente, as posições privilegiadas alcançadas pela Monsanto renderam-lhe excelentes retornos. Em 1993, a Agência para Alimentação e Medicamentos [Food and Drug Administration", FDA] dos EUA aprovou o uso de um produto denominado "Hormônio de Crescimento Bovino" [Recombinant Bovine Hormone, ou rBGH]. Desenvolvido pela Monsanto, trata-se de uma droga hormonal injetada em vacas de modo a incentivar a produção de leite. O rBGH foi a primeira substância geneticamente modificada aprovada pelo FDA.

A aprovação foi no mínimo controversa. Estudos apontaram que o rBGH produziria sérios impactos na saúde física e psicológica das vacas. O mais comum deles, a mastite bovina, é tratada com base na administração de antibióticos. A exposição constante das bactérias aos antibióticos contribui para a criação de bactérias resistentes que podem infectar seres humanos. Além disso, alguns estudos também apontaram que o consumo do leite com resíduos do hormônio aumentaria o risco de desenvolvimento de câncer de colo, de mama e de próstata. A substância é proibida nos 27 países da União Europeia, mas graças ao poderoso lobby da Monsanto nos EUA sua utilização é liberada – o que também ocorre no Brasil…

Após a aprovação do uso do rGHB pelo FDA, funcionários ligados à Monsanto que trabalhavam na FDA foram investigados pelo Escritório de Prestação de Contas do Governo [Government Accountability Office" (GAO)] por formação de lobby. O GAO investigou os executivos Michael Taylor, Margaret Miller e Suzanne Sechen. Os três funcionários tiveram ativa participação no desenvolvimento da droga e, posteriormente, exerceram funções na FDA, tornando-se responsáveis pela avaliação e aprovação do produto que ajudaram a desenvolver. Ao fim da investigação, o GAO concluiu que não havia dispositivos legais para incriminar os envolvidos e que não havia provas cabais de conflitos de interesses no caso.

Em 2012, a empresa opôs-se à chamada Proposition 37 – apelidada pelos americanos de Iniciativa pelo Direito a Saber [Right to Know initiative]. A iniciativa propunha-se a promulgar, no estado da Califórnia, uma lei no obrigando as empresas que vendessem produtos à base de ingredientes geneticamente modificados a neles instalarem rótulos visíveis alertando para tal fato, evitando assim a venda destes produtos como naturais. Esta iniciativa, no entanto, não passara incólume pelo imenso poder de barganha das grandes indústrias do setor, sendo a Monsanto sua "ponta-de-lança". Empresas como Nestlé e Mars Inc. despejaram mais de 370 mil dólares em campanha contra o projeto. Só a Monsanto despejou, sozinha, 8,1 milhões de dólares em campanhas contra a iniciativa, estabelecendo-se como doadora majoritária em uma campanha que totalizou 45 milhões de dólares arrecadados de diversas empresas envolvidas na derrubada da proposta. É claro que com todo este empenho a iniciativa não prosperou e os californianos não conquistaram o direito de saber a procedência do alimento estão ingerindo.

No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou, em 28 abril deste ano, por ampla maioria o Projeto de Lei 4.148/2008³, de autoria do deputado ruralista Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que ao contrário da legislação vigente (baseada na Lei 11.105/2005) propõe a não obrigatoriedade da rotulagem de alimentos a base de OGMs.

Para além das polêmicas e controvérsias citadas até agora, a Monsanto ainda guarda em sua história íntimas relações com o poder militar. É fato público e conhecido o fornecimento do famoso Agente Laranja lançado nas plantações do Vietnan pelas forças armadas norte-americanas que guerreavam para manter o país sob dominação. As consequências, entre as populações que serviram de alvo, foram sentidas por muitos anos. O que pouco se sabe é que há indícios de ligações da Monsanto com forças militares mercenárias. A empresa contratou serviços de espionagem de empresas ligadas a conhecida antiga Blackwater (agora XE) – uma das maiores companhias militares privadas do mundo. Segundo documentos obtidos pela revisga The Nation4 a empresa usou de serviços oferecidos por duas empresas de espionagem – "Total Intelligence Solutions" e "Terrorism Research Center" – cuja propriedade é do dono e fundador da XE, Eric Prince. Os documentos apontam que entre os serviços prestados à Monsanto por estas empresas estão a infiltração de espiões em movimentos sociais, ONGs e entidades protetoras dos animais e de combate aos transgênicos. Alguns sugerem que esta relação da Monsanto com empresas de espionagem explique o misterioso vírus que atacou os computadores de ativistas da organização "Amigos da Terra" e da "Federação para o Meio Ambiente e Proteção à Natureza" da Alemanha. O ataque se deu no contexto de apresentação de uma pesquisa realizada por estas entidades sobre os efeitos da substância glisofato no corpo humano. O glisofato é base de um dos produtos mais rentáveis vendidos pela monsato – o herbicida RoundUp. A empresa afirmou que não teve e jamais teria envolvimento no fato.

O histórico e a atuação da Monsanto no seu setor, considerando todas as polêmicas e controvérsias nas quais a corporação se envolveu, trazem à tona o necessário debate acerca dos custos e benefícios envolvidos no desenvolvimento de organismos geneticamente modificados. Se por um lado a biotecnologia e a agroquímica trouxeram crescente otimização da produção e distribuição de insumos, é necessário refletir acerca das consequências do uso destes insumos, da garantia da liberdade de pesquisa com relação a seus efeitos e principalmente das consequências da extrema concentração deste mercado nas mãos de pouquíssimas corporações. Afinal de contas, como dito, não é todo dia que uma empresa ganha um Dia Internacional de protestos contra si.

A maior parte das informações aqui relacionadas pode ser encontrada no relatório "Monsanto: A Corporate Profile", da ONG Food & Water Watch. Além disso, o portal "Esquerda.net" possuiu um dossiê completo da empresa e sua atuação pelo mundo. Para os que preferem material audiovisual, existe uma série documentários que tratam de maneira crítica da questão dos transgêncios e das poderosas corporações do setor. São alguns deles eles: "Food Inc", "The future of Food", "El Mundo Según Monsanto" e "Seeds of Free". O site oficial da Marcha Mundial Contra a Monsanto pode ser acessado em:http://www.march-against-monsanto.com/.


REFERÊNCIAS

¹ Disponível em : http://www.ijbs.com/v05p0706.htm

² Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278691512005637

³ Disponível em: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=412728 

4 Disponível em: http://www.thenation.com/article/blackwaters-black-ops/

http://www.cartacapital.com.br/blogs/outras-palavras/as-razoes-do-dia-mundial-contra-a-monsanto-7622.html



Ghandi


"Nada mais político do que dizer que a religião não tem a ver com política." Ghandi

22/05/2016

Dicas de vídeos, filmes, livros, textos da 3ª etapa do Curso 2016.ano13

Dicas de vídeos, filmes, livros, textos da 3ª etapa do Curso 2016.ano13


3ª etapa | 14 e 15 de maio | Curso 2016.ano13

Visão histórica dos projetos de nação brasileira a partir de 1930.

Profa. Dra. Eloísa Capovilla da Luz Ramos - Unisinos


> Visão histórica dos projetos de nação brasileira a partir de 1930
Profa. Dra. Eloísa Capovilla da Luz Ramos - Unisinos

https://drive.google.com/file/d/0B_2nfmpfqzwAZUR3dFJQR0pEVVk/view

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/apresentacao-visao-historica-dos.html


> A cultura política dos trabalhadores no primeiro Governo Vargas

https://drive.google.com/file/d/0B_2nfmpfqzwAUWZsSlRJbTFRcVU/view?usp=sharing

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/a-cultura-politica-dos-trabalhadores-no.html


> Getúlio Vargas – 2° Governo 1951/1954

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/getulio-vargas-2-governo-19511954-1.html


> Olga

Olga é um filme brasileiro realizado em 2004 pelo diretor Jayme Monjardim, inspirado na biografia escrita por Fernando Morais sobre a alemã, judia e comunista Olga Benário.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Qf2rOV755kg

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/olga.html


> Sobre a terra e frutos da terra

Da terra nasceram gritos: https://www.youtube.com/watch?v=NAT6y-HY7o4

Fruto da Terra: https://vimeo.com/27025067 | http://portacurtas.org.br/filme/?name=fruto_da_terra

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/sobre-terra-e-frutos-da-terra.html


> O dia que durou 21 anos

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=CfJAnKUD3K0 
Filme completo: 
https://www.youtube.com/watch?v=U91gtFREBY0
Fonte: 
http://www.pequifilmes.com/documentarios-o-dia-que-durou-21-anos.php

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/o-dia-que-durou-21-anos.html


> Descalço sobre a terra vermelha

Descalço sobre a Terra Vermelha narra a saga do bispo emérito de São Félix do Araguaia-MS, Pedro Casaldàliga, ao chegar no Araguaia-MT em 1968. O religioso se posicionou ao lado dos desfavorecidos na luta pela posse da tera, enfrentando fazendeiros, a ditadura e até mesmo o Vaticano.

Parte 1: Casaldáliga explica ao futuro Papa Bento XVI os problemas da região do Mato Grosso - http://tvbrasil.ebc.com.br/descalcosobreaterravermelha/episodio/do-vaticano-ao-araguaia#media-youtube-1

Parte 2: Bispo lança manifesto pelos indígenas e contra a exclusão social - http://tvbrasil.ebc.com.br/descalcosobreaterravermelha/episodio/por-uma-igreja-da-amazonia#media-youtube-1

Parte 3: Bispo precisa enfrentar fazendeiros e o Exército - http://tvbrasil.ebc.com.br/descalcosobreaterravermelha/episodio/ameaca-de-morte#media-youtube-1

http://tvbrasil.ebc.com.br/descalcosobreaterravermelha/


> Santo Pedro, por Selvino Heck

http://www.sul21.com.br/jornal/santo-pedro/

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/pedro-casaldaliga.html


> Batismo de Sangue

O filme conta a história dos frades dominicanos, que movidos por ideais cristãos, se envolvem na luta clandestina contra a ditadura militar, no final dos anos 60. São presos e torturados. Um deles, Frei Tito, é mandado para o exílio na França, onde, atormentado pelas imagens de seus carrascos, comete suicídio. 
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=uhBemy_vXCk
Filme completo: https://www.youtube.com/watch?v=pbaSLLChARA

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/batismo-de-sangue.html


> Séries e documentários sobre os 50 Anos do Golpe

Série da TV Brasil: Os Advogados contra a Ditadura: Por uma questão de Justiça

Com a instauração da ditadura militar através de um golpe das Forças Armadas do Brasil, no período entre 1964 e 1985, o papel dos advogados na defesa dos direitos e garantias dos cidadãos foi fundamental no confronto com a repressão, ameaças e todo tipo de restrições. "Os Advogados contra a Ditadura" propõe uma profunda reflexão sobra a época em questão, relembrando, através de depoimentos e registros de arquivos, a relevante e ativa participação dos advogados contra as imposições do autoritarismo e na luta pela liberdade. Dirigido por Silvio Tendler, o filme faz parte do Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia

Acesse o site e assista online:

http://ebcnare.de/AdvContDit

http://tvbrasil.ebc.com.br/os-advogados-contra-a-ditadura

https://www.youtube.com/watch?v=fhRJxeFfbYM


Série da TV Brasil: Militares da Democracia: os militares que disseram NÃO

Eles lutaram pela Constituição, pela legalidade e contra o golpe de 1964, mas a sociedade brasileira pouco ou nada sabe a respeito dos oficiais que, até hoje, ainda buscam justiça e reconhecimento na história do país. Militares da Democracia resgata, através de depoimentos e registros de arquivos, as memórias repudiadas, sufocadas e despercebidas dos militares perseguidos, cassados, torturados e mortos, por defenderem a ordem constitucional e uma sociedade livre e democrática. Dirigido por Silvio Tendler, o filme faz parte do Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia.

Acesse o site e assista online: http://ebcnare.de/mildademo

http://tvbrasil.ebc.com.br/militares-da-democracia

https://www.youtube.com/watch?v=6hD8JIHbu3w

Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, preparou três programas sobre os 50 anos do Golpe de 1964. Confira os episódios na íntegra, além de material de bônus: http://ebcnare.de/1hZogIo

http://www.ebc.com.br/cidadania/50-anos-do-golpe-militar/2014/04/confira-a-serie-especial-do-caminhos-da-reportagem-sobre


Resistir é Preciso

Possui dez episódios com 26 minutos de duração e resgata a trajetória da imprensa brasileira que resistiu e combateu ao golpe militar. Traz depoimentos e material historiográfico de jornalistas que atuaram em três frentes de combate: a imprensa alternativa, a clandestina e a que atuava no exílio. A série, narrada e apresentada pelo ator Othon Bastos, recupera a história de jornais alternativos, como o PifPaf, o Pasquim, Bondinho, Opinião e outros mais, permitindo conhecer as dificuldades de produção, as perseguições e manobras para mantê-los em circulação.

http://tvbrasil.ebc.com.br/resistir-e-preciso/sobre


A Herança do Golpe

Caminhos da Reportagem investiga o legado da ditadura na política, economia e educação

Ladislau Dowbor, professor de economia da PUC-SP: "A força estava com a elites, ou seja, mais dinheiro para as elites, mais dinheiro para as multinacionais, mais concentração de renda."

http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem/episodio/a-heranca-do-golpe


http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/50-anos-do-golpe.html

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/series.html


> A sereníssima República (Conferência do cônego Vargas)

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000239.pdf

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/a-serenissima-republica-conferencia-do.html


> Dom Helder Camara

Dom Helder - O Santo Rebelde

Documentário sobre Dom Hélder Câmara, arcebispo emérito de Olinda e Recife, morto em 1999. O filme enfoca desde sua participação como figura central da ala progressista da Igreja Católica, na década de 1950, criando a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), até suas ações durante a ditadura militar. Convento do Carmo, São Paulo, São Paulo. 28 de dezembro-2012.

Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=OMAx70ki66w | https://www.youtube.com/watch?v=grgflzF7FIQ | https://www.youtube.com/watch?v=bvURWRz7jlE


Dom Hélder - Pastor da Liberdade

Produzido pelos jornalistas Marcos Cirano, César Almeida e Ciro Rocha, o vídeo Dom Helder Pastor da Liberdade narra o que foi a vida de Dom Helder Câmara, então arcebispo de Olinda e Recife, durante o conturbado período da ditadura militar instalada no Brasil a partir de 1964.

Vídeos: Dom Hélder - Pastor da Liberdade

Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=rQB5SIgaAk0

Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=u1vaLmpeYqE


http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/dom-helder-camara.html


> Utopia e Barbárie

Utopia e Barbárie é um filme histórico que percorreu ao todo 15 países: França, Itália, Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile, México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler documentou os protagonistas e testemunhas da história do século XX. Nas telas, o documentário transita por alguns dos episódios mais polêmicos da história mundial recente, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai, dentre outros), a Operação Condor, a queda do Muro de Berlim e a explosão do liberalismo mais canibal que a História já conheceu. Entrevistas com Amos Gitai, Augusto Boal, Carlos Chagas, Denys Arcand, Dilma Roussef, Eduardo Galeano, Faride Zeran, Fernando Solanas, Ferreira Gullar, Francesco Rosi, General Giao, Gillo Pontecorvo, Jocob Gorender, Leandro Konder, Marlene França, Nahum Shaban, Vu Khoan, Zé Celso dentre outras pessoas. Documentário. Direção: Silvio Tendler, 2009. Brasil; Idioma do Áudio: Português, Inglês, Espanhol, Francês, Italiano;

https://www.youtube.com/watch?v=cn9li_NePro

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/utopia-e-barbarie.html


> Três irmãos de sangue

Três irmãos de Sangue conta a história de três irmãos, três brasileiros, que fizeram da solidariedade sua grande arma na luta pela vida e que participaram dos principais acontecimentos que mobilizaram o povo brasileiro na segunda metade do século XX. Betinho (Hebert de Souza), através de campanhas sociais de alcance nacional; Henfil (Henrique Filho), através de seu humor instigante; Chico Mário, através da beleza de sua música. Hemofílicos, tiveram que aprender desde cedo a superar suas limitações.O que não os impediu de seguir lutando a favor da vida e da liberdade. Direção: Ângela Patrícia Reiniger. Distribuição: Filmes do Estação. http://www.3irmaosdesangue.com.br/

Filme: https://www.youtube.com/watch?v=irALS9hBFQ0

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ITm3trn2fnw

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/tres-irmaos-de-sangue.html


> De Golbery a Lula: olhares sobre a redemocratização no Brasil
Eloisa Helena Capovilla da Luz Ramos – Unisinos

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/de-golbery-lula-olhares-sobre.html


> Músicas

La memória, Leon Gieco

https://www.youtube.com/watch?v=9Q2GJQDHXEQ

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/la-memoria.html


Cálice, Chico Buarque

https://www.youtube.com/watch?t=34&v=wV4vAtPn5-Q


Apesar de Você, Chico Buarque

https://www.youtube.com/watch?v=1ZNNUU_AbXs


O bêbado e a equilibrista, João Bosco e Aldir Blanc

https://www.youtube.com/watch?v=6kVBqefGcf4


http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/musicas.html


> Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça

Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça

http://www.desaparecidospoliticos.org.br/


Mortos e desaparecidos políticos

http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home


Habeas Corpus – que se apresenta o corpo | A busca dos desaparecidos políticos no Brasil 

http://www.dhnet.org.br/verdade/resistencia/a_pdf/livro_sdh_habeas_corpus.pdf


"Nenhum sacrifício será feito em vão.", João Carlos Hass Sobrinho

João Carlos Haas Sobrinho - Dossiê Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil

http://www.desaparecidospoliticos.org.br/pessoa.php?id=305


João Carlos Haas Sobrinho, um herói brasileiro

http://www.vermelho.org.br/noticia/155226-73


A Guerrilha do Araguaia

http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/multimidia/araguaia/mapa_01.swf


http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/para-que-nao-se-esqueca-para-que-nunca.html


> Notícias e artigos

Relatório mostra violência no campo durante a ditadura militar

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/relatorio-mostra-violencia-no-campo.html


Reflexos da ditadura na educação impedem país de avançar

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/reflexos-da-ditadura-na-educacao.html


As heranças malditas da ditadura

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/as-herancas-malditas-da-ditadura.html


Entrevista de Paulo de Tarso Carneiro a Demétrio Xavier

https://www.mixcloud.com/Cultura1077/cantos-do-sul-da-terra-31032014/ ::Cantos do Sul da Terra - 31/03/2014 - FM Cultura

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/entrevista-de-paulo-de-tarso-carneiro.html


> Ditadura e resistência na serra gaúcha

Relatos de Orlando Michelli, Maeth Boff, Paulo de Tarso Carneiro e Airton Frigeri

Relato pessoal – sábado, 16.04.2016,18h-19h, Centro de Formação Pastoral, Caxias do Sul - RS.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=kZ2wYec8Sco

Programação integrante do Curso 2016 (13ª edição) da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho de Caxias do Sul.

A atividade foi aberta a todxs que já participaram da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho, e demais interessadxs!

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/ditadura-e-resistencia-na-serra-gaucha.html


> Romero

Dom Oscar Romero é um filme que narra o testemunho de vida deste grande homem de Deus, em tempos difíceis vividos na América-Latina e em seu país, El Salvador.

Filme - na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=QpVBTjVcjfU

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/romero.html


> Angelelli, la palavra viva

Angelelli, la palabra viva - Parte 1 de 3:
https://www.youtube.com/watch?v=JfJaQS0MMtM 
Angelelli, la palabra viva - Parte 2 de 3:
https://www.youtube.com/watch?v=Ynq2hIwcyYk 
Angelelli, la palabra viva - Parte 3 de 3:
https://www.youtube.com/watch?v=Pax6DUW4n3k 

El 4 de agosto de 1976, apareció el cuerpo sin vida del obispo de La Rioja, monseñor Enrique Angelelli, en la ruta 38. Su cadáver estaba tendido en medio del asfalto, con los brazos en cruz, mirando al cielo. A unos metros, la camioneta en la que viajaba se hallaba completamente destruida. La información brindada por el gobierno militar intentó borrar toda sospecha sobre la causa de su muerte: había fallecido por un politraumatismo de cráneo producido por un accidente. Pero enseguida surgieron las dudas. ¿Fue realmente un accidente o se trató de un asesinato? Detrás de ese hecho, se escondió una oscura trama de intereses religiosos, políticos y económicos que aún permanece velada. Compartimos un documental-homenaje dirigido por Víctor Laplace y dedicado a la vida y obra del Obispo perseguido y asesinado durante la última dictadura militar argentina. TV Pública - ARGENTINA

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/angelelli-la-palabra-viva.html


> 500 - Os Bebês Roubados Pela Ditadura Argentina

Entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sombrios anos de ditadura militar. Neste período, famílias inteiras foram despedaçadas pela repressão clandestina empreendida por um estado terrorista que ceifou a vida de cerca de 30 mil argentinos. Dentre as práticas mais aterradoras deste regime estava o sequestro sistemático de bebês e crianças, filhos de presos e desaparecidos políticos, que eram apropriados por seus algozes com espólio de guerra. A partir da iniciativa das Avós da Praça de Maio criou-se o "Banco dos 500", com amostras de seu próprio sangue, o que possibilitou, até agora, a descoberta de 114 das 500 crianças sequestradas. 

"500 – Os Bebês Roubados pela Ditadura Argentina" narra esta incansável luta das "Avós da Praça de Maio" que tem início na Argentina em 1976 e se liga à história do Grupo Clamor, sediado no Brasil. Esta luta das Avós perdura até os dias de hoje.

500 - Os Bebês Roubados Pela Ditadura Argentina: 

01/05: https://www.youtube.com/watch?v=lbSrz6a44bo  

02/05: https://www.youtube.com/watch?v=KH5DhradIZk 

03/05: https://www.youtube.com/watch?v=2RiNxa9MpHA 

04/05: https://www.youtube.com/watch?v=7AXT37kUXL0  

05/05: https://www.youtube.com/watch?v=0CSG7s5mIN0  

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/500-os-bebes-roubados-pela-ditadura.html 


> Jango, de Silvio Tendler

https://www.youtube.com/watch?v=1O4SZQZ-ikk 

https://www.youtube.com/watch?v=SaU6pIBv9f4 

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/jango.html 


> Ato de Fé

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=eGsdDdvPB38&feature=related 

Filme completo: https://www.youtube.com/watch?v=TBbSm5nFVhE 

Durante a ditadura militar, religiosos católicos deram suporte à luta contra a repressão, foram presos e torturados.

Ato de fé é um documentário que versa sobre a relação de freis dominicanos com a Ação Libertadora Nacional, com depoimentos que resgatam a memória desta época.

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/ato-de-fe.html 


> O anel de tucum

"O anel de tucum uma palmeira da Amazônia, aliás com uns espinhos meio bravos. Sinal da aliança com a causa indígena, com as causas populares. Quem carrega este anel normalmente significa que assumiu estas causas e as suas consequências." Dom Pedro Casaldáliga. | Ano: 1994 | Duração: 106 min | País: Brasil | Produção/Realização: Verbo Filmes – www.verbofilmes.org.br

Filme completo: https://www.youtube.com/watch?v=14QFVqqFpc4 

Trecho do filme, com a participação de Dom Pedro Casaldáliga: https://www.youtube.com/watch?v=hDFdBQkpk38 

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/o-anel-de-tucum.html


> Ao sul da fronteira, de Oliver Stone

https://www.youtube.com/watch?v=cWk4VVym0IM 
https://www.youtube.com/watch?v=mB-C6Ftaz7E 

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/ao-sul-da-fronteira.html 


> Filmes e documentários sobre a ditadura

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/filmes-e-documentarios-sobre-ditadura.html 


> Ditadura militar - 50 filmes

http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/2016/05/ditadura-militar-50-filmes.html 


Álbum de fotos

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.990753781020374.1073741879.239018012860625&type=3


> Livros indicados pela Escola de Formação Fé, Política e Trabalho

AS VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA, Eduardo Galeano (acessa em pdf: https://copyfight.noblogs.org/gallery/5220/Veias_Abertas_da_Am%C3%83%C2%A9rica_Latina%28EduardoGaleano%29.pdf)

O BANQUEIRO DOS HUMILDES, Muhammad Yunus

A POBREZA, RIQUEZA DOS POVOS – A transformação pela solidariedade, Albert Tévoédjrè


Mais informações:

Facebook 

Blog 

Twitter 

fepoliticaetrabalho@gmail.com