24/08/2016

NOTA da Comissão Nacional de Justiça e Paz

PARA QUE NENHUM SENADOR/A DIGA QUE NÃO SABIA!

A História é juiz implacável! Posto essa nota da Comissão Nacional de Justiça e Paz, através da qual a CNBB se pronuncia em matérias de política e justiça, para que fique CLARÍSSIMO aos Srs. e Sras. Senadores/as o que pensa a CNBB sobre o "golpe" – (sua credibilidade, conforme o IBOPE, é de 71%, enquanto que para o Judiciário é 46%, o Congresso Nacional 22% e os Partidos Políticos 17%).

Pedrinho Guareschi
(graduado em Filosofia, Teologia e Letras, pós-graduado em Sociologia, mestre e doutor em Psicologia Social, pós-doutor em Ciências Sociais em duas universidades (Wisconsin e Cambridge), pós-doutor em Mídia e Política na Università degli studi 'La Sapienza', professor na UFRGS)

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A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) - vinculada à Comissão Pontifícia Justiça e Paz (Roma) e relacionada com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Nota Pública de 9 de agosto de 2016:


"Frente à grave situação político-econômica brasileira, conclama ao diálogo e à busca de soluções democráticas que preservem as conquistas e os direitos do nosso povo. 
 
Democracia é respeito à vontade do povo; as recentes pesquisas expressam com clareza a vontade dos brasileiros/as diante das perplexidades que afligem a nossa grande Nação.
 
O processo de impeachment - afirma a CBJP - contra a presidenta democraticamente eleita foi instaurado com argumentos jurídicos que veem sendo refutados por técnicos do Senado Federal, por parecer do Ministério Público Federal (MPF) e especialistas internacionais em recente evento realizado no Rio de Janeiro (Tribunal Internacional pela Democracia no Brasil).
 
Para onde vamos? 
 
Estamos diante do conflito de dois projetos de sociedade: os que defendem a continuidade da presidenta eleita, superando o impeachment e os que defendem que o vice-presidente assuma de modo definitivo a direção do Brasil. 
 
O que incluem os dois projetos, para além das pessoas que se dispõem a assumi-los? Quais as prioridades na perspectiva da atenção à maioria da população, sobretudo os mais pobres?

O governo interino, assumido pelo vice e sua equipe, anuncia medidas, em várias esferas da vida da população, que apontam para o retrocesso nos direitos arduamente conquistados: educação, saúde, cultura, previdência social, direitos humanos, comunidade negra, populações indígenas, mulheres, a liberdade de expressão e de organização. 
 
Mais uma vez na história brasileira a conta da crise é depositada nos ombros dos mais necessitados, das maiorias desprotegidas. 
 
Estamos vivendo momento de angústia e tristeza. Sentimo-nos em sintonia com o Papa Francisco que já tem manifestado preocupação com o processo político brasileiro. No entanto, a Esperança continua nos iluminando e nos levando à ação. 
 
A CBJP tem se empenhado em dialogar com os movimentos sociais (populares) e os agentes públicos, principalmente os senadores/as da República. 
 
Sua conclusão é que o processo de impeachment em andamento não responde aos anseios mais profundos do povo brasileiro. No entanto, se empenha na construção de uma saída para a crise, negociada com todos os setores sociais, exigindo que sejam garantidos os direitos humanos e sociais da população, consciente do que nos diz a Palavra de Deus: 'Deus ouviu os clamores do seu povo'".


- UM GRITO E UM APELO DA CNBB JUNTO COM 54 MILHÕES POR DEMOCRACIA E JUSTIÇA! NÃO HAVERÁ DESCULPAS DIANTE DA HISTÓRIA!

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