28/11/2015

Privatizações: a Distopia do Capital

(2014)
Silvio Tendler
Caliban Cinema e Conteúdo
Publicado em 9 de out de 2014

Francisco: “Para evitar o perigo de viver fora da realidade, se deve abrir os olhos e o coração”

O papa Francisco considerou “perigoso viver no reino da palavra, da imagem e do sofisma” e pediu a “abrir os olhos e o coração” para “evitar o perigo de viver fora da realidade”, em uma mensagem enviada aos participantes no V Festival da Doutrina Social da Igreja que se realiza no Vaticano.

26/11/2015

A espiritualidade como inspiradora da prática da justiça social, da ética, da solidariedade e da política.



Curso da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho 2015.ano12

10ª etapa - 12-13 dezembro
espiritualidade como inspiradora da prática da justiça social, da ética, da solidariedade e da política. O ensino social da igreja cristã frente aos desafios do desenvolvimento humano, econômico, técnico e social.
Prof. Ms. Flávio Guerra – ESTEF (Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana)

Importante:

> Trazer copo ou garrafa para água (em razão do cuidado com o ambiente, não há copos descartáveis disponíveis).

> O SEU ÓLEO DE COZINHA PODE VIRAR COMBUSTÍVEL: Todos nós somos convidados a fazer a nossa parte na conservação do Planeta, e em pequenos gestos podemos fazer a diferença! Por isso, a campanha de recolhimento do óleo de cozinha, e o local de recolhimento - ECOPONTO - é no Centro Diocesano de Formação Pastoral, Bairro Colina Sorriso (http://goo.gl/e3aU6s).


Horário:

Sábado: das 8h30 às 19h. Domingo: das 8h30 às 13h. | Sábado à noite: estão previstas atividades (opcional).


Hospedagem (opcional):

Hospedagem (opcional):Centro Diocesano de Formação Pastoral.

Trazer roupa de cama (lençol e fronha) e toalhas; além de materiais de higiene e uso pessoal.


Informações:

Escola de Formação Fé, Política e Trabalho

fepoliticaetrabalho@gmail.com
http://fepoliticaetrabalho.blogspot.com.br/ 
Facebook: Escola Fé, Política e Trabalho
https://twitter.com/fepoliticaetrab

25/11/2015

25 de Novembro | Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher




25 de Novembro
Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher

Para pensar sobre os direitos das mulheres, assista “Habla Domitila, la voz minera” , com Domitila Barrios, uma mulher forte e incansável defensora dos mineiros na Bolívia. Tornou-se mundialmente reconhecida em 1975 ao declarar diante do Tribunal Internacional da Mulher que “ainda como mulheres não podemos ser iguais” porque a distância social, de classe, que nos separa é muito grande: http://tal.tv/video/habla-domitila-la-voz-minera

Advento, deixa-te surpreender


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  "...levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima" (Lc 21,28) 

Mais uma vez o Advento vem ao nosso encontro, e com ele o convite para continuar ampliando espaços para Deus em nossas vidas. Uma oportunidade para escutar de novo sua promessa: promessa de nova vida, de um novo ânimo, uma nova esperança. 

Podemos acolher este tempo com a marca da rotina (mais um ano, repetir as mesmas palavras, a espera, o "vem, Senhor"...); ou mobilizando-nos e abrindo-nos à surpresa de Deus, que virá a nós como chamado, como possibilidade, como grito para despertar-nos... Que nos abramos ao novo! 

O melhor do Deus que vem é que Ele se manifesta de maneiras inesperadas: desfaz certezas, rompe convenções, renova sonhos, não busca brilhos ou ornamentos, aplausos ou adesões forçadas. Sua chegada não exige cobranças nem condiciona com exigências desmedidas. A esperança abre passagem por onde menos esperamos. E Deus continua aparecendo onde e quando ninguém espera. 

Para "conhecer" a realidade e a verdade do Advento precisamos de olhos novos e de um coração novo. É necessário despertar aquela "sensibilidade" escondida e abafada pelo ativismo e pelo ritmo estressante de nossa vida. No Advento, toda a humanidade é atingida como que por um raio, é tomada de surpresa. A sua noite, o seu silêncio, o seu sono, a sua rotina diária... é quebrada por uma novidade absoluta. 

O Advento é, por sua própria natureza, uma surpresa que quebra a solidão das pessoas abandonadas a si mesmas, que irrompe no meio de uma vida sem sentido e sem direção, que traz luz para os ambientes fechados e frios. 

A "sensibilidade" despertada pelo Advento recupera em nós o sentido da surpresa,  recobra a atitude da expectativa, da novidade, do assombro... diante da vida. Porque é no traçado das horas e dos dias que Deus prepara sempre a sua novidade, a sua surpresa, o seu dom natalício. Tal surpresa faz brotar o entusiasmo para enfrentarmos os desafios da vida, despertando projetos arquivados, suscitando dinamismo novo no cotidiano pesado, fazendo-nos levantar de novo e retomar o caminho... 

Precisamos conservar límpidos os olhos do espírito, prontos para perceber a maravilha que está germinando na nossa vida. O Advento quer reafirmar a possibilidade de uma alternativa, da chegada de um hóspede inesperado, porque é "boa nova", é evangelho. Por isso, o cristão não deve jamais cair na resignação, mas permanecer em vigília, na expectativa; ele deve ser também uma surpresa para os outros, com seu gesto de amor imprevisto, com sua palavra que reanima, com sua visita que consola, com sua atenção para com todos os que levam uma vida obscura e monótona. Ele olha o mundo com inteligência, sim, mas também com a simplicidade das pombas; sabe intuir o bem secreto, também sabe apreciar a poesia da vida e da natureza. 

No evangelho de hoje(1º dom advento), Jesus dá por suposto a existência de situações desastrosas que nos sacodem, enchendo-nos de ansiedade e preocupação; mas, onde nós só vemos catástrofes, Jesus vê "sinais". E a condição para descobri-los é erguer a cabeça, levantar os olhos, ir mais além do imediato que nos cega e nos prende em redes de desejos insatisfeitos, em obsessões por conservar modos de vida que considerávamos definitivos, em temores que embotam nosso coração impedindo o fluir da vida. 

Curvados sobre nós mesmos, sem horizonte, sem poder olhar de frente, nem entrar em relação de reciprocidade, carregando durante longo tempo um peso excessivamente grande (culpa, ressentimento, vergonha), bloqueados, privados de nosso próprio potencial: este é o drama que nos desumaniza. Nossos corpos encurvados se fazem texto, linguagem, grito, petição... para serem endireitados. Nesse contexto ressoa com força o apelo de Jesus: "levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima". 

Nosso corpo fala mais e com mais veracidade que nossas palavras, o que irradiamos revela algo sobre nós. E há corpos que em silêncio clamam por cura e cuidado. É preciso interrogar nossos corpos para que eles nos contem suas histórias guardadas: seus segredos, suas dores, suas vivências. Devemos ser capazes de lê-los e respeitá-los, para poder devolver-lhes sua harmonia e sua beleza originais.

É nosso próprio corpo posto de pé, é nossa própria vida circulando sem  ataduras, é a libertação de nossas forças afetivas, a possibilidade de olhar outros olhos sem temor e de entrar em comunicação... que nos faz experimentar uma relação nova com a vida. Aspiração, sede, ansiedade, expectativa, estar de pé: isso é o que nos invade quando sentimos que se aproxima algo que desejamos de verdade. Pois isso é o Advento: tempo para os grandes sonhos. 

Só os medíocres ou os desesperados renunciam a sonhar. Pois bem, se o desânimo nos assalta, é tempo novo para levantar a cabeça, olhar ao longe, bem para fora, bem para dentro. Deixar que ressoe como uma promessa a Voz de um Deus que atravessa o tempo para dizer-nos: "aproxima-se vossa libertação".

Mergulhados naquilo que é margem, passageiro, na superfície das coisas, perdemos de vista o essencial e caímos na resignação. Perdida a capacidade de maravilhar-nos, o Advento esvazia-se e torna-se mais um tempo litúrgico rotineiro. 

Poderíamos dizer que o Advento nos apresenta uma "espiritualidade do despertar". Se estamos adormecidos ou anestesiados, sem nos encantar com a maravilha e o desafio de estarmos vivos, precisamos despertar. Despertar para a gratuidade da vida, para o chamado à convivência e comunhão, despertar para uma presença misericordiosa. Jesus vem despertar-nos e ativar nossa esperança. 

É preciso saber olhar, abrir os olhos, ler a vida e despertar-nos para aquilo que acontece à nossa volta. Se há uma palavra que perpassa todas as tradições religiosas, essa palavra é "despertar", não no sentido individualista e moralizante, ou seja, manter um adequado comportamento moral para, desse modo, alcançar a salvação. 

O chamado original a "despertar" reveste-se de uma profundidade muito maior, que conecta com aquela palavra com a qual Jesus inicia sua atividade pública: "convertei-vos". Na realidade, trata-se de um novo modo de olhar ou de conhecer, de um "conhecer mais além da aparência".

Quê significa "despertar"? Em quê sonhos estamos mergulhados? Como dar-nos conta de que estamos "adormecidos"? Há algo que possamos fazer?... Todas estas questões são evocadas pelo convite que aparece na boca da Jesus: "Estai sempre despertos". 

A pessoa desperta é aquela que experimentou intensamente a vida e, graças a isso, vive ancorada, enraizada e conectada com a sua verdadeira identidade, ao seu eu original e universal. 

Texto bíblico:  Lc 21,25-28.34-36 

Na oração: Quando foi Deus, para você, o Deus inesperado?"

Em quê se concretiza para você a promessa de Deus? Quê espera ou deseja de verdade? Qual é a boa notícia na qual você acredita? Como vive você este Advento? Quê há, em sua vida, de busca, sonho, aspiração, desejo... em sintonia com Deus? 

Pe. Adroaldo Palaoro sj

Diretor do Centro de Espiritualidade Inaciana -CEI


Caminhos da Reportagem conversou com dois imigrantes que moram no sul do país...

TV Brasil

O Caminhos da Reportagem conversou com dois imigrantes que moram no sul do país. Um é africano e negro. A outra é francesa e branca. Eles contaram como foi a recepção e como é ser estrangeiro no Brasil. O relato dos dois é bem divergente e você já deve até imaginar o porquê. 

O programa na íntegra está aqui: http://bit.ly/1OosQT7


23/11/2015

Seminário de Formação da CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2016

24 de novembro, terça-feira
das 8h30 às 17h
no Centro Diocesano de Formação Pastoral

Papa Francisco no contra-ataque

Em duas ocasiões, o pontífice joga duro e avisa: ninguém pode deter a reforma já encaminhada

O papa contracorrente, como ele mesmo se define, com seus gestos e exemplos está mudando equilíbrios antigos e corrompidos, seja na Igreja, seja na sociedade contemporânea. Inevitável o surgimento de reações para neutralizá-lo. Sua batalha, em aliança com todos os homens de boa vontade, será longa e seu êxito, incerto.
Por Claudio Bernabucci, de Roma | http://buff.ly/1OTfYYu

http://www.cartacapital.com.br/revista/876/papa-francisco-no-contra-ataque-6509.html?utm_content=bufferfabec&utm_medium=social&utm_source=plus.google.com&utm_campaign=buffer

(re)Encontros de esperança

(re)Encontros de esperança
Selvino Heck
Adital
"Neste 7 de novembro de 2015, quando o Trem das CEBs, com o seu 28º vagão, estacionou na Comunidade Sagrado Coração de Jesus da Rede de Comunidades Sagrado Coração de Jesus, no bairro Harmonia de Canoas, para um Encontro das Comunidades Eclesiais de Base da Arquidiocese de Porto Alegre, celebramos e reafirmamos o nosso compromisso com a vida, e muita vida para todas e todos” , diz a Carta das Comunidades aprovada no Encontro.
O Trem das CEBs saiu em alegre dança: mãos no ombro do irmão e da irmã, do companheiro e da companheira, serpenteando entre cadeiras, mesas e cantando com fé e esperança a vida, a solidariedade e o tema do 28º CEBs: ‘CEBs, Fermento de Transformação da Sociedade’.
250 pessoas estiveram reunidas para conversar sobre a conjuntura, fazer oficinas sobre fé e política, "essa forma importante de viver o amor”; a dimensão inter-religiosa; a sustentabilidade econômica e ambiental; as questões de gênero e juventude, em especial as periferias existenciais e sociais.
A 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)aconteceu em Brasília de 4 a 6 de novembro de 2015, com a presença de 1600 delegadas/os e 300 convidadas/os, entre os quais a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula, este proclamado Presidente de Honra do CONSEA, tendo como tema central COMIDA DE VERDADE NO CAMPO E NA CIDADE: DIREITOS E SOBERANIA ALIMENTAR. A Conferência teve muito debate e alto astral.
Maria Emília Pacheco, presidenta do CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), falou na abertura da Conferência: "Temos nesse auditório uma inequívoca amostra da força da articulação social e da diversidade da agenda de segurança e soberania alimentar e nutricional. Com a Conferência, é hora de reafirmar compromissos, analisar avanços e percursos e ousar apresentar novas proposições para o segundo Plano nacional de SAN. O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU, mas ainda registra os piores índices de segurança alimentar e nutricional em diversos segmentos. Políticas como o Plano de agricultura familiar não devem se afastar de suas populações originais e de princípios democráticos e participativos, assim como o plano de agricultura urbana e periurbana não pode estar desarticulado da construção de uma política de abastecimento. Avançamos na política internacional Sul-Sul, levando cooperação para que diversos países incorporem o princípio de SAN e da participação social. É preciso prosseguir com as políticas redistributivas.”
Os tempos são, ou parecem ser, de descrédito e desesperança. Pelo menos é o que se vê e lê na maioria das manchetes e espaços dos meios de comunicação e da chamada opinião pública. Ódio, intolerância, corrupção, individualismo, discriminações, preconceitos de vários tipos parecem predominar na vida das pessoas, comunidades, famílias, sociedade.
Mas aí você para o lado e descobre que há flores no caminho, há grama verde na estrada, há luz no horizonte, há pessoas que brilham, há comunidades que transpiram esperança, há sonhos na juventude que se mobiliza.
O jurista e advogado defensor dos pobres, Jacques Alfonsin, disse no Encontro Arquidiocesano de CEBs: "A nossa fé tem força. A verdade não está no que os grandes meios de comunicação pregam todos os dias. O nosso poder está a serviço da vida.”
O Trem das CEBs é o símbolo que carrega a história dos Encontros das CEBs. Mostra o longo caminho que ainda deve ser percorrido para a construção do Reino de igualdade para todos. As Conferências são um espaço de participação e de construção coletiva das políticas públicas, num país e num continente onde, cada vez mais, os de baixo têm protagonismo, garantem direitos e constroem igualdade e democracia.
Eu e as/os 250 participantes do Encontro de CEBs cantamos ao final – e não poderia ser diferente- (assim como poderiam cantar as/os 2000 delegadas/os e convidadas/os da Conferência de SAN), o hino ‘Utopia’, de Zé Vicente:
"Quando o dia da paz renascer,/ quando o sol da esperança brilhar,/ eu vou cantar./ Quando o povo nas ruas sorrir/ e a roseira de novo florir,/ eu vou cantar./ Quando as cercas caírem no chão,/ quando as mesas se encherem de pão,/ eu vou cantar./ Quando os muros que cercam os jardins,/ destruídos, então os jasmins/ vão perfumar./ Quando as armas da destruição,/ destruídas em cada nação,/ eu vou sonhar./E o decreto que encerra a opressão,/ assinado só no coração/ vai triunfar./ Quando a voz da verdade se ouvir/ e a mentira não mais existir,/ será enfim/ tempo novo de eterna justiça,/ sem mais ódio sem sangue ou cobiça/ vai ser assim. Vai ser tão bonito se ouvir a canção,/ cantada de novo/ no olhar da gente a certeza do irmão,/ reinado do povo.”

Selvino Heck
Diretor do Departamento de Educação Popular e Mobilização Cidadã e Secretaria Geral da Presidência da República. Membro da Coordenação Nacional do Movimento Fé e Política e Secretário Executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO)

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=87280&grv=N 

Pacto de las Catacumbas: la urgencia de volver a la Iglesia de los pobres

"Estos días hemos reflexionado sobre "el pacto de las catacumbas” que hace cincuenta años firmaron en este lugar alrededor de cuarenta obipos. Se comprometían personalmente a construir "una Iglesia pobre y servidora”. Asi estaban recogiendo el gran deseo de Juan XXIII: que la Iglesia sea "una Iglesia de los pobres”. En el aula conciliar no prosperó la idea, pero el pacto de las catumbas se convirtió en el legado "secreto” del Vaticano II."

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=ES&cat=16&cod=87354

Helder Câmara e o Pacto das Catacumbas

"Desde antes do Concílio Helder Câmara, naquele tempo bispo auxiliar do Rio de Janeiro, se destaca como homem de visão. Num questionário enviado a todos os bispos pelo Vaticano, a maioria dos bispos afirmou que os grandes problemas do mundo são: comunismo, ateísmo, secularismo, protestantismo, espiritismo etc. Helder pensa de forma totalmente diferente: o grande problema é que dois terços da humanidade vivem na pobreza, têm problemas endêmicos de fome, doença, habitação."

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cat=16&cod=87349

Mariana, Minas Gerais: Um panorama do maior desastre ambiental do Brasil

http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/11/mariana-minas-gerais-um-panorama-do-maior-desastre-ambiental-do-brasil/

21/11/2015

AL SUR DE LA FRONTERA

AL SUR DE LA FRONTERA
Documental producido y dirigido por OLIVER STONE, realizado en 5 países de Latinoamérica con entrevistas a ex y actuales presidentes, tales como Hugo Chavez, Lula da Silva, Cristina Fernandez de Kirchner, Rafael Correa, Evo Morales, Néstor Kirchner, etc.

18/11/2015

DO PACTO DAS CATACUMBAS A FRANCISCO

Para celebrar os 50 anos do Pacto das Catacumbas, a Verbo Filmesproduziu um breve documentário contando, a partir de depoimentos de bispos brasileiros que participaram do Concílio Vaticano II, como foi que aconteceu o Pacto.

Ainda, o Pe. Beozzo, historiador, faz um link do Pacto com o papado de Francisco.


 
O Pacto das Catacumbas no depoimento de bispos brasileiros que participaram do Concílio Vaticano II.
Pe. Beozzo, historiador, faz um link do Pacto com o papado de Francisco.

Sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016

A alegria pela IV Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE)

CFE 20161. As Igrejas que integram o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) assumem como missão expressar em gestos e ações o mandato evangélico da unidade, que diz: “Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti; que também eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21).
2. O testemunho ecumênico coloca-se na contramão de todo tipo de competição e de proselitismo, tão frequentes no nosso contexto religioso. É uma clara manifestação de que a paz é possível. É um apelo dirigido a todas as pessoas religiosas e de boa vontade para que contribuam com as suas capacidades para a promoção do diálogo, da justiça, da paz e do cuidado com a criação. É, também, uma comprovação de que Igrejas irmãs são capazes de repartir dons e recursos na sua missão.
3. A caminhada ecumênica realizada pelo CONIC tem mais de três décadas. É uma trajetória marcada por fraternidade, confiança, parceria e protagonismo. Dessa trajetória, podem ser destacados como expressões concretas de comunhão fraterna as três Campanhas da Fraternidade Ecumênicas, realizadas nos anos 2000, 2005 e 2010. Todas elas marcaram profundamente a vida das Igrejas que nelas se envolveram.
4. A motivação para essas Campanhas fundamentou-se na compreensão de que, no centro da vivência ecumênica está a fé em Jesus Cristo. Isso se deu porque o movimento ecumênico está marcado pela ação e pelo desafio de construir uma Casa Comum (oikoumene) justa, sustentável e habitável para todos os seres vivos. Essa luta é profética, pois questiona as estruturas que causam e legitimam vários tipos de exclusão: econômica, ambiental, social, racial, étnica. São discriminações que fragilizam a dignidade de mulheres e homens.
5. É exatamente isso que acontece quando, neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) coloca outra vez à disposição do CONIC a Campanha da Fraternidade, seu mais conhecido projeto de evangelização.
6. Com esse espírito, no ano 2000, na virada do milênio e no contexto do Grande Jubileu, foi realizada a primeira Campanha da Fraternidade Ecumênica com o tema “Dignidade Humana e Paz” e com o lema “Novo Milênio sem Exclusões”. No ano de 2005, foi realizada a segunda Campanha da Fraternidade Ecumênica. O tema foi “Solidariedade e Paz” e o lema: “Felizes os que promovem a paz”. A Campanha Ecumênica de 2010 provocou o debate sobre o papel da economia na sociedade. O tema foi “Economia e vida” e foi aprofundado com o lema bíblico “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24c).
7. A Campanha da Fraternidade de 2016 apresenta o tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e tem como lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24). O objetivo principal é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.
8. Nesse tema e nesse lema, duas dimensões básicas para a subsistência da vida são abarcadas a um só tempo: o cuidado com a criação e a luta pela justiça, sobretudo dos país pobres e vulneráveis. Nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, queremos instaurar processos de diálogo que contribuam para a reflexão crítica dos modelos de desenvolvimento que têm orientado a política e a economia. Faremos essa reflexão a partir de um problema específico que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país.
9. Perguntamos: como estão estruturadas as nossas cidades? Quem realmente tem acesso ao saneamento básico? No ano de 2014, o sudeste do Brasil viveu uma das maiores crises hídricas já registradas na história recente do país. Quem foi responsabilizado por isso? Por que os serviços de saneamento básico, considerados como direito humano básico pela Organização das Nações Unidas estão em disputa?
10. Com essa CFE colocamo-nos em sintonia com o Conselho Mundial de Igrejas e também com o Papa Francisco. Ambos têm chamado a atenção para o fato de que o atual modelo de desenvolvimento está ameaçando a vida e o sustento de muitas pessoas, em especial as mais pobres. É um modelo que destrói a biodiversidade. A perspectiva ecumênica aponta para a necessidade de união das Igrejas diante dessa questão. Nossa Casa Comum está sendo ameaçada. Não podemos, portanto, ficar calados. Deus nos convoca para cuidar da sua criação. Promover a justiça climática, assumir nossas responsabilidades pelo cuidado com a Casa Comum e denunciar os pecados que ameaçam a vida no planeta é a missão confiada por Deus a cada um e cada uma de nós.
11. É uma alegria compartilhar que nessa CFE, além das cinco Igrejas que integram o CONIC, somaram forças também: a Aliança de Batistas do Brasil, o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) e a Visão Mundial. Outra novidade é que a IV Campanha da Fraternidade Ecumênica será internacional, porque a Misereor, organização dos bispos católicos alemães para a cooperação e o desenvolvimento, integrou-se nesse mutirão. Nossa oração e desejo é que mais Igrejas e religiões entrem nessa caminhada.
https://cebirs.wordpress.com/2015/11/17/sobre-a-campanha-da-fraternidade-ecumenica-de-2016/ 

‪#‎Bingo‬ :: dia 20 de novembro, às 19h30


ASSEMBLEIA DA CÁRITAS

ASSEMBLEIA DA CÁRITAS - dia 19 de novembro (quinta-feira).
Local - Centro de Pastoral 
Horário - 19:30 - 21:30 horas
Pauta da reunião:
- Cáritas : o que é?
- Para que serve?
- Como funciona?
- Qual a nossa relação com as Pastorais Sociais, movimentos sociais e todas as entidades que defendem a vida?
- Avaliação de nossa atuação no ano 2015.
- Substituição de alguns membros da diretoria.
- Prestação de contas : julho de 2014 a julho de 2015
"SOMOS CÁRITAS, SOMOS SOLIDARIEDADE"
Cáritas
Caxias do Sul - RS

16/11/2015

Pacto das Catacumbas: “por uma Igreja servidora e pobre”

16.11.2015
Mundo ]

Livro marca os 50 anos do Pacto das Catacumbas: "por uma Igreja servidora e pobre"


Cristina Fontenele
Adital

Neste dia 16 de novembro, celebram-se os 50 anos do Pacto das Catacumbas, importante acordo firmado por 42 padres conciliares numa celebração eucarística, na Catacumba de Santa Domitilla, em Roma [Itália], no ano de 1965. O Pacto, assinado nos últimos dias do Concílio Vaticano II (1962-1965), instou a Igreja Católica a renovar-se e a assumir o compromisso com os pobres e excluídos. Para memorar a data, o sacerdote brasileiro José Oscar Beozzo lança o livro "Pacto das Catacumbas – por uma Igreja servidora e pobre", pela Editora Paulinas.

Beozzo afirma à Adital que espera com a obra contribuir para o acolhimento e a discussão sobre o Pacto, gerando compromissos semelhantes na mudança da atual situação da Igreja. Para o autor, o Papa Francisco, em seus gestos e em sua preocupação com os pobres, segue em direção a uma Igreja pobre e servidora. "Nas suas propostas para a Igreja, ele retoma e atualiza as grandes linhas do Pacto", ressalta o autor, citando o exemplo da exortação apostólica Evangelii Gaudium e da encíclica ecológica Laudato Si', escritas pelo Papa.

reproducao

"Só podemos desejar que a recorrência dos 50 anos do Pacto das Catacumbas e do término do Concílio Vaticano II traga, para toda a Igreja, a primavera sempre insurrecional e seja um novo Pentecostes, como o desejava João XXIII, agora, declarado santo pelo Papa Francisco.", declara Beozzo em seu livro.

A obra relata a história e os compromissos assumidos no Pacto das Catacumbas, assim como a lista dos bispos presentes e concelebrantes. Além do período do Pacto, o livro retoma a trajetória histórica pós-Concílio, retratando a importância de Conferências Episcopais, como as de Medellín (Colômbia, 1968), Puebla (México, 1979) e Aparecida (Brasil, 2007).

"O que não foi possível alcançar no Concílio tornou-se realidade, três anos depois, na II Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, na Colômbia, em 1968", diz o texto. O livro destaca ainda que Puebla, 11 anos depois, aprovou, como prioridade, a opção preferencial pelos pobres, enquanto Aparecida representou "uma vigorosa retomada da tradição eclesial latino-americana".

O autor apresenta os 13 compromissos assumidos nas Catacumbas, em diálogo com referências bíblicas e passagens do próprio Concílio Vaticano II. Entre as promessas firmadas pelos padres, em Domitilla, estão: "viver segundo o modo ordinário da nossa população, no que concerne à habitação, à alimentação, aos meios de locomoção e a tudo o que se segue"; renunciar "à aparência e à realidade da riqueza, especialmente no traje (fazendas ricas, cores berrantes), nas insígnias de matéria preciosa (devem esses signos serem, com efeito, evangélicos)"; não possuir "imóveis nem móveis, nem conta em banco etc., em nosso próprio nome; e, se for preciso possuir, poremos tudo em nome da diocese, ou das obras sociais ou caritativas".

Como testemunhos vivos do Pacto, o livro cita os gestos concretos de alguns sacerdotes, como o brasileiro Dom Helder Camara, no Recife [Estado de Pernambuco], que, rapidamente, deixou a residência oficial dos arcebispos, o Palácio de Manguinhos, para ir morar na sacristia da Igreja das Fronteiras, na periferia da cidade. Também Dom Antônio Fragoso, em Crateús [Estado do Ceará], que se deslocou para uma casa simples de um bairro popular.

A obra destaca ainda como outro resultado consistente do Pacto das Catacumbas o surgimento das comunidades eclesiais de base no meio dos pobres, que "desabrocharam, de maneira especial", nas pastorais sociais da Igreja latino-americana.

radiovaticana.va
As catacumbas de Santa Domitilla estão entre as mais extensas de Roma, com 17 quilômetros de galerias, em quatro andares e mais de 150.000 sepulturas.Abriga a única Basílica subterrânea em uma catacumba romana.

O autor

Padre José Oscar Beozzo é coordenador geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular – Ceseep, membro e ex-presidente da Comissão de Estudos da História da Igreja na América Latina – Cehila, no Brasil e na América Latina (1974-2003). Foi assessor nacional das Comunidades Eclesiais de Bases (1981- 2001) e é dos sócios da Agência de Informação Frei Tito para a América Latina (Adital). Professor de História da Igreja da América Latina na Pós-Graduação da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da PUC-SP [Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. É autor de vários livros, dentre os quais "A Igreja do Brasil no Concílio Vaticano II: 1959-1965", também pela editora Paulinas.

Ficha técnica

Título: Pacto das Catacumbas – por uma Igreja servidora e pobre

Autor: José Oscar Beozzo

Editora: Paulinas

Páginas: 68

Ano: 2015

Para ler o livro clique aqui.

Leia também

O Pacto das Catacumbas e sua atualidade após 50 anos

Memória do Pacto das Catacumbas: 'uma Igreja pobre para os pobres'

15/11/2015

2015 - 9ª etapa > 14 e 15 de novembro


As questões de gênero e a inclusão das «minorias»
> Profa. Dra. Cleusa Maria Andreatta - Unisinos

Sociedade sustentável: por um novo paradigma civilizacional capaz de contribuir à sustentabilidade do Planeta e da sociedade.
> Prof. Ms. Gilberto Antônio Faggion - Unisinos

Fotos: M. Fernanda M. Seibel



 
 



 

 




 


















Profa. Dra. Cleusa Maria Andreatta cantando e tocando música durante a 9ª etapa

Profa. Dra. Cleusa Maria Andreatta cantando e tocando música durante a 9ª etapa da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho 2015.ano13.

https://www.facebook.com/EscolaFePoliticaETrabalho/videos/vb.239018012860625/888352351260518/?type=2&theater

décima e última etapa da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho 2015.ano12

A décima e última etapa da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho 2015.ano12, acontecerá nos dias 12 e 13 de dezembro, com o tema “O Ensino Social da Igreja e os desafios do desenvolvimento humano, econômico, técnico e social. A dimensão da fé como inspiradora da militância cristã para a prática da justiça social, da ética, da política e da solidariedade”.

E, contará com a assessoria do professor Ms Flávio Guerra –ESTEF – Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana.

“Sociedade sustentável: por um novo paradigma civilizacional capaz de contribuir à sustentabilidade do Planeta e da sociedade"

“Sociedade sustentável: por um novo paradigma civilizacional capaz de contribuir à sustentabilidade do Planeta e da sociedade"
Professor Ms. Gilberto Antônio Faggion – Unisinos. O Professor Gilberto expôs sobre a sociedade sustentável, o estado atual da crise civilizacional, a necessidade de um novo paradigma civilizacional, com ações locais e mudanças globais. Ainda, explicou a necessidade de uma ecologia da ação, sendo que é possível desenvolver uma "ética da relação" ao invés de uma "ética da separação", ou seja, é possível refazer as relações com o Planeta, diante das crises ecológica, energética, alimentar. Ademais, o professor explicou o conceito de "Bem Viver", sendo que na luta contra a destruição do planeta e no debate sobre como preservar o que resta, redescobrimos os povos indígenas que nos ensinam que o conceito de sustentabilidade está vinculado à outra lógica, ao não crescimento, ao respeito e à preservação da biodiversidade, ou seja, ao conceito de Bem-Viver, a sair da dicotomia entre ser humano e natureza.

O MITO DO PROGRESSO, Gilberto Dupas

O MITO DO PROGRESSO

Gilberto Dupas

SOCIEDADE SUSTENTÁVEL

SOCIEDADE SUSTENTÁVEL

Dr. Gilberto Faggion

https://prezi.com/lmwb9xmyxuzx/copy-of-copy-of-sociedade-sustentavel/


O que seria importante considerar (que valores ou pressupostos) para construção de um novo paradigma civilizacional?

Autores: Serge Latouche, Ivan Illich, Gilberto Dupas, André Gorz, Edgar Morin.

Obsolescência programada


A História Secreta da Obsolescência Planejada 

https://www.youtube.com/watch?v=5tKuaOllo_0



Consumo Sustentável

Entenda o que é obsolescência programada


O desgaste natural dos produtos é normal. Porém, o produto ser “planejado” para parar de funcionar ou se tornarem obsoletos em um curto período de tempo é uma prática da indústria que deve ser combatida
Conforme usamos um produto, é natural que este sofra desgastes e se torne antigo com o passar do tempo. O que não é natural é que a própria fabricante planeje o envelhecimento de um produto, ou seja, programar quando determinado objeto vai deixar de ser útil e parar de funcionar, apenas para aumentar o consumo. 
 
Apesar do avanço tecnológico, que resultou na criação de uma diversidade de materiais disponíveis para produção e consumo, hoje nossos eletrodomésticos são piores, em questão de durabilidade, do que há 50 anos. Os produtos são fáceis de comprar, mas são desenhados para não durar. Por esta razão, o consumidor sofre para dar a eles uma destinação final adequada e ainda se vê obrigado a comprar outro produto. 
 
Um dos principais exemplos de obsolescência programada é a lâmpada. Quando criada, ela durava muito, mas as fabricantes viram que venderiam apenas um número limitado de unidades. Por isso, criaram uma fórmula para limitar o funcionamento das lâmpadas, que passaram a durar apenas mil horas, por exemplo.
 
Na área tecnológica, a obsolescência programada pode ser vista com maior frequência. Geralmente, durante o período de garantia, os desktops e notebooks de alguns fabricantes funcionam normalmente. No entanto, após o fim desse prazo, passam a apresentar defeitos como superaquecimento ou esgotamento da bateria. Na quase totalidade dos casos o preço do conserto é tão alto que não vale a pena, e os consumidores são impelidos a adquirir um produto novo.
 
É importante lembrar que a humanidade já está consumindo 30% a mais do que o planeta é capaz de repor e é preciso que haja uma redução em até 40% as emissões de gases de efeito estufa para que a temperatura não suba mais do que 2º C.
 
Diante de uma situação tão alarmante, mudanças dos padrões de produção e consumo, de forma a diminuir o descarte desnecessário de toneladas de lixo eletrônico e tóxico no planeta, são essenciais para reverter esse quadro. 
 
Além disso, é dever do Estado regularizar, fiscalizar e induzir esses novos padrões. As empresas, por sua vez, devem garantir ao consumidor acesso à informação e assumir a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, visando ao desenho adequado dos produtos e embalagens e o fim da obsolescência programada.
 
“Comprar, tirar, comprar”
O documentário “Comprar, tirar, comprar - The Light Bulb Conspiracy”, da diretora Cosima Dannoritzer, é um ótimo exemplo para que os consumidores vejam como a indústria tem trabalhado nos últimos 100 anos para promover o aumento do consumo com a oferta de produtos de qualidade inferior.